Mídias sociais estão inseridas na maioria das atividades do dia-a-dia e são a principal causa do uso mais frequente
Antonio Maria do Vale - Estudante de Jornalismo
O computador invadiu o cotidiano dos jovens
É cada vez mais popular no Brasil o uso das mídias sociais por adultos e, principalmente, jovens entre 15 e 25 anos. Este número crescente teve início com o surgimento da internet e a globalização de informações entre as pessoas. Desde o surgimento do MSN, um programa para conversação on-line via internet, até a atual febre do Orkut, Blog’s, MySpace, Facebook e Twitter, pessoas das mais variadas idades buscam as ferramentas para inúmeros fins, de contatos profissionais a paquera, de divulgação de portfólios a contatos a distância com familiares e amigos. Segundo pesquisa recente da Serasa Experian Hitwise, o Orkut segue na liderança de visitas de internautas no Brasil, mas no último ano o Facebook obteve o maior aumento de usuários, com 804%, ultrapassando o Twitter, que ocupava até então a segunda posição no número de acessos.
A pesquisa aponta ainda que pela primeira vez na história uma mídia social obteve mais visitantes que um site de busca, quando o Orkut ultrapassou o Google entre o fim de novembro de 2009 e janeiro de 2010, período de férias escolares. A pesquisa divulgou dados sobre a interação de 100 mil pessoas em mais de 150 mil sites no país. Para os adolescentes, o mundo virtual está cada vez mais presente as ações reais do dia-a-dia. Eles estudam, trabalham, compram, jogam, conversam, ouvem música, assistem TV e se divertem através da infinita circulação de bytes não mais restrita aos computadores e maximizadas nos aparelhos celulares, ipod´s, smartphones e o tão recente lançamento da Apple, Ipad. As comunidades virtuais, sociedades em rede e tribos urbanas, como são chamados esses diversos tipos de mídias, têm ocupado um papel importante na forma como nos relacionamos uns com os outros e nas mudanças em todos os aspectos de vida. Estamos sendo implicados e tentados às experiências do irreal cada vez mais participativo em tudo que nos propomos a realizar. Rafaela Amorim tem 16 anos e é uma dessas pessoas aficionadas nas redes sociais. Logo que chega do colégio, corre pro computador sem dar ouvidos às reclamações da mãe, que se queixa das inúmeras horas que a filha dedica a atualização do fotoblog, a visitação ao Orkut dos amigos e as leituras e envio de e-mails. Em média, a estudante passa por dia mais de 6 horas navegando na internet.
Os especialistas alertam para os riscos que a atividade gera. Má postura e aproximação da tela do computador por longas horas podem causar problemas de saúde relacionados a coluna e a visão. Cuidados com o que se acessa encabeçam a lista de preocupações por parte dos pais, que devem monitorar o que os filhos vêm e com quem se relacionam. Médicos aconselham que atividades físicas ocupem mais espaço no dia-a-dia desses jovens e que o uso do computador seja limitada a 2 horas por dia. O problema não está na utilização das mídias sociais, mas sim na forma como esta deve ser feita. Dosar os acessos a atividades físicas, leitura, boas horas de sono, encontros com os amigos e passeios com a família é a receita dada por quem entende do assunto. Vale como máxima o comentário de Dona Nadir, mãe de Rafaela, que já perdeu as contas em relação às inúmeras tentativas de diminuir as horas da filha diante do computador:
“Não conheço nada que em exagero seja bom, até dinheiro geralmente traz problemas” comentou.
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