Um dia destes, conversando
com uma colega de trabalho, que acabara de conhecer, ela me disse que já esteve
na Igreja Católica (inclusive atuando como catequista) e que conhece várias
igrejas e denominações. No momento ela está inclinada a conhecer o espiritismo.
Eu perguntei se ela não acha
que isso é meio incoerente, uma vez que os princípios do espiritismo são
opostos aos princípios do Cristianismo.
Ela me respondeu que o que
chama sua atenção no espiritismo é o amor, pois as pessoas que são para ela
referenciais de amor e atenção são espíritas.
Neste momento, ainda
arrisquei algumas respostas e levei o diálogo à frente por mais alguns minutos,
mas confesso que tal resposta me chocou.
A partir daquele nosso
encontro, passei a orar mais sobre o amor e a buscá-lo em meu dia a dia, afinal
sinto muito perto de mim a responsabilidade de ser referência do amor de Cristo
para esta pessoa, a fim de não atrapalhar a obra de Deus nesta vida!
E neste contexto surgiu este
estudo que ora compartilho.
Jesus nos deu uma ordem: Como
o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor (João 15).
Qual o significado disto? O
que quer dizer: “permanecei no meu amor”?
Pesa-me mais esta reflexão
sobre o amor, quando trago para a esfera da intercessão.
Afinal: qual deve ser a
postura do intercessor diante das adversidades com as quais se depara? Como
deveria o intercessor relacionar-se com as pessoas? Qual é o principal atributo
na vida de um intercessor? Intercessão sem amor é possível? Como interceder sem
amar?
E o Espírito Santo tem me
constrangido e nada mais consigo ter como resposta a todas estas questões a não
ser: o AMOR!
Lemos na Bíblia: Levou-me
à casa do banquete, e o seu estandarte sobre mim era o amor (Ct. 2.4).
Ora, segundo a Palavra de
Deus temos uma bandeira sobre nós: O AMOR!
O cristão (e aqui enfoco o
intercessor) deveria ser conhecido de longe não pela altura de suas orações (e
olha que está aqui uma pessoa que ora alto!), não pelo barulho e movimento dos pés
(e olha que gosto dos tais re pe pés
pentecostais!), não pelas orações em línguas ( e eu creio e pratico!)... Antes
a sua marca deveria ser o AMOR!
O amor deve ser o
combustível e razão da nossa oração.
O amor deve ser os “óculos”
através do qual olhamos para uma pessoa.
O amor deve ser o único
motivo pelo qual expulsamos demônios.
O amor deve ser a essência
de nosso louvor e da nossa adoração.
Nossas visitas devem ser
impulsionadas pelo amor.
Todo serviço deve ter seu
fundamento no amor.
Nosso ministério só tem
razão de ser se houver amor.
Se jejuamos deve ser por
amor!
A pregação do Evangelho deve
ser feita por amor e com amor!
Ao travarmos batalhas espirituais, que seja por amor!
A prática do amor deve ter
início em nossos lares, em nossa vizinhança, em nosso trabalho, igreja.
É conhecido de todos nós que
“por
se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). E
aí um ciclo vicioso se estabelece, pois à medida que se multiplica o pecado, o
amor esfria, por outro lado, apenas o amor é capaz de cobrir multidões de
pecados. Por isso Pedro nos exorta: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso
uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pe 4:8).
Através do amor, o
intercessor se identifica com os sentimentos de DEUS em relação à humanidade.
Tal é a relevância do amor
na prática cristã (e quanto mais do intercessor!) que há um capítulo na Bíblia
destinado somente ao amor e Deus deixa claro:
Se não tivesse amor, seria
como o metal que soa ou como o sino que tine. (1
Co 13:1)
Se não tivesse amor, nada
seria.
(
Co. 13:2)
Se não tivesse amor, nada
disso me aproveitaria. (1 Co 13.3)
As pessoas conhecerão a Deus
através de vidas que amam, pois Deus é amor! (1
João 4:16)
É o ESPÍRITO SANTO que nos
dá a experiência do AMOR de DEUS por nós, e nos leva a AMÁ-LO acima de todas as
coisas.
O amor de
Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm
5.5).
Portanto,
que a partir deste momento, nossa oração seja primordialmente por AMOR e que os
nossos atos sejam atos de amor sincero e santo, para que vendo todos possam
conhecer e glorificar a Deus!
Sejamos uma igreja que ama e acolhe em amor , por amor e com amor.
Este estudo
não acabou... Antes deverá ser escrito dia a dia com atos de amor! Afinal: Não há como viver a plenitude de Deus em nossas vidas se não houver AMOR!!!